Pendular
O voo dessas pequenas máquinas surgiu em meados dos anos 70 na França. Os pilotos de asa delta começaram equipando suas asas com pequenos motores, fixados na parte dianteira da asa e com hélice na parte traseira, conseguindo desta forma voos mais longos sem a necessidade de rampas de decolagem.
Rapidamente, surgiu a necessidade de melhorar o produto permitindo operação em pistas mais curtas, maior autonomia e segurança e ainda fácil desmontagem. Almejando novos horizontes, os pilotos destas máquinas levaram as fabricas a desenvolverem projetos específicos de equipamentos biplace (dois lugares) com asas mais resistentes, carga alar mais alta, e velocidade de cruzeiro elevada.
Assim nascia o TRIKE como o conhecemos hoje, uma aeronave desmontável de fácil transporte e performance igual ou superior a de muitos ultraleves.
Para quem ainda não está familiarizado com a nomenclatura, podemos dizer que o trike é uma aeronave ultraleve pendular. O carrinho fica acoplado a uma asa delta, que não é exatamente igual às asas de voo livre. No caso dos trikes, as asas são reforçadas, para assim, suportar o peso do equipamento e a maior velocidade por conta do voo em modo cruzeiro. Já o piloto, desloca o centro de gravidade da asa para frente e para os lados através da barra de comando. Mas não se engane: o princípio é exatamente o mesmo de uma asa delta de voo livre, só que, ao invés da massa a ser deslocada consistir apenas no piloto (como no voo livre), também há o trike e seu carrinho com motor.
Ideia passou por várias modelações até chegar ao projeto final
O início do uso dos aerotrikes, como também são chamados, foi ainda na década de 1960, mas só no final de 1970 é que seus pilotos decidiram parar de procurar lugares altos para poder voar com seus trikes e buscaram formas mais fáceis de sair do chão.
Nesse intervalo o trike passou a ser remodelado e redesenhado por vários projetistas em todo o mundo, em especial por ingleses e franceses. O desafio era encontrar maneiras mais eficientes de fazer com que os trikes decolassem de uma superfície plana.
Depois de muitas tentativas, os projetistas conseguiram apresentar um modelo com um motor que impulsionava as asas, mas a turbulência gerada não era a ideal e, por vezes, ameaçava a própria integridade física do piloto. Com o tempo os projetos foram aperfeiçoados e os projetistas chegaram à equação perfeita dando um salto na prática de voos com trikes.
Assim surgiu um triciclo com suporte para motor e hélice, além de outro suporte para a fixação da asa, que colocou o centro de pressão na posição certa, auxiliando a estabilidade. E ainda, com a colocação da estrutura rígida na parte traseira, o piloto ficou protegido de contatos com a hélice. Foi o fim dos cortadores de dedos e o início de uma prática esportiva emocionante para os apaixonados pelo universo da Aviação!
Gostou do post? Então fique ligado nas próximas publicações, onde falaremos muito mais sobre os trikes e as suas peculiaridades! Você não perde por esperar, a gente garante!